quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O segredo de viver: ser um eterno apaixonado. .

          
           Apaixonar-se pelo abstrato é dom de poucos que transcendem todas as regras metodicamente elaboradas e postas. É se deixar viver de maneira nova, livre, desvencilhando-se da carga racional que coercitivamente se sobrepõe às emoções, pré estabelecendo as trilhas a se seguir.
           Apaixonar-se por aquilo que ainda não se tem é se entregar com uma sensibilidade rara, dessas que só tem as grandes almas que conseguem vislumbrar a mística dos fatos, que acreditam e sentem a trama do avesso que dá sustento ao belo e superficial. Parte da maestria de idealizar atos que com luta e dedicação, transformar-se-ão em fatos plenos, reais e concretos, tornando a vida mais viva e intensa.
          Apaixonar-se por aquilo que ainda não se vê é vivenciar a beleza de não ter medo de viver e ir além do plano que os olhos podem alcançar e ver. Já narrou Exupéry que "o essencial é invisível aos olhos e só se vê bem com o coração". O ver assim dispensa táticas e estratégias. Não se vincula ao plano racional. Não se restringe ali, onde termina a vista humana e limitada.
         Apaixonar-se pelo abstrato torna gritante e pulsante em nós a necessidade de ir além das perspectivas calculistas e concepção lógicas pré elaboradas, daquilo que se julga ser sólido, ser certo. É aventurar-se nos desejos mais profundos, saciar toda fome de prazer. É num átimo de segundo perder-se em sorrisos, desprendendo-se da sofreguidão e emplacando na calmaria de quem encontra um olhar e sente-se intimamente seguro nesse instante. 
        Precisamos nos deixar viver assim e nos permitirmos ser constantemente apaixonados pela eterna descoberta de termos um diferencial nesse mundo. Somos diferentes, cada um tem a sua marca, a sua essência e toda essa pluralidade de pensamentos, essas dissemelhanças que se constrastam é que tornam tudo mais bonito. Temos que transcender as fôrmas da vida, e não termos medo de querer o que não se pode explicar aos normais. Como constantes apaixonados, deixar a avareza de sentimentos, renunciar toda ausência de sensibilidade e embarcar sem medo em uma inesquecível viagem da emoção. A viagem de nosso sedento coração que parte em busca do invisível que enfim nos saciará.



Josué 1:9 Não te mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o SENHOR, teu Deus, é contigo por onde quer que andares.



Apaixonar-se pela vida e ser dela um eterno apaixonado é sempre a ordem de cada renascer. De cada dia que nos é dado como O presente divino. Devemos então vivê-la com o coração,  com vontade.  A covardia deprime, amedronta, deixa apático, trunca a vida e impossibilita a felicidade...
Precisamos então nos encorajar a viver e também contagiar aos que nos cercam!!!

Apaixone-se mais uma vez pela vida, seja corajoso, vale a pena! [e vale muito a pena!!].

Abraços!!!
Lucas...

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Escolhas, consequências: dúvidas e certezas.

           A insensibilidade de atos e palavras não pensadas, de coisas feitas e ditas sem pensar em um coração que tenta se fazer forte para não sofrer por gostar demais, machuca muito. Mas afinal... por que nos preocupamos tanto? Nós que pensantes somos, por que insistimos em ocasiões que sinais apontam não nos dar a segurança que precisamos, não se fazem como sonhamos e não será um caminho de uma entrega destemidamente recíproca? Talvez por muito menos em tempos atrás teriam logo emplacado na seriedade e sinceridade do constante, frequente e único. E agora, perdem-se  por não quererem muito se aproximar... por não desejarem se prender.
             Questiono-me o porquê de nos frustrarmos em diversos escolhas que nós mesmos fazemos. Deveríamos ser mais fortes, ou suportarmos de maneira menos dramática ou dolorosa, afinal não fomos nós que escolhemos assim? Não fomos nós que mensuramos prós e contras e mesmo sabendo dos fatos que não muito nos agrada, mergulhamos por insistência? Sabemos que a cada escolha na vida, assumimos com ela a sua responsabilidade, a sua consequência. E deveríamos ser mais maduros e preparados para tais circunstâncias. Deveríamos estar despertos e predispostos para as adversidades e consequências próprias de nossas escolhas imaturas  e imprudentes.
           Mas devemos ao menos aprender com cada passo dado. Aprendermos o que realmente faz sentido e pode valer a pena. E nesse aprendizado, nesses caminhos, nessas descobertas, algo que profundamente desejo é que não percamos a nossa essência verdadeira, não abafemos um coração que grita por necessidades que podem ser desvalorizadas ou desmotivadas.  A nossa necessidade de vida, nossa necessidade de amor... a carência por tratamento e atitudes especiais que promovem segurança e fazem esvair o medo constante e sufocante de se entregar de verdade.


"Quero crescer,
quero aprender,
quero amadurecer,
quero viver..."


    Faz-me debruçar nessa janela do improvável, com fé, todo 
engenho que me move a buscar e viver o amor.
Faz-me encontrar o que me é reservado para que enfim sinta a 
epifania de viver sendo em sentido completo. 
Retira-me dessa constante dúvida que bloqueia e impede
a minha entrega para a felicidade. 
"Mude-se para você, mude-se para mim
ou se vá para sempre".


"Chorar não resolve, falar pouco é uma virtude, aprender a se colocar em primeiro lugar não é egoísmo. Para qualquer escolha se segue alguma consequência, vontades efêmeras não valem a pena; quem faz uma vez, não faz duas necessariamente, mas quem faz dez, com certeza faz onze. 

Perdoar é nobre, esquecer é quase impossível. Quem te merece não te faz chorar, quem gosta cuida, o que está no passado tem motivos para não fazer parte do presente, mas não é preciso perder para aprender a dar valor, e os amigos ainda se contam nos dedos...

Aos poucos, você percebe o que vale a pena, o que se deve guardar para o resto da vida, e o que nunca deveria ter entrado nela. Não tem como esconder a verdade, nem tem como enterrar o passado, o tempo sempre vai ser o melhor remédio, mas seus resultados nem sempre serão imediatos".


(Charles Chaplin)

Forte abraço!
Lucas.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Diálogo interior ..

Vontade de materializar um sonho, vontade de toda gente.
Prendemo-nos às realidades fáticas e por medo de fracassar 
atemo-nos ao que por um momento se mostra ser suficiente a nós, 
mas que não passa de um conforto maquiado.
Há a estranha mania na maioria das pessoas de se preocupar somente
com seu superficial. Se se está superficialmente bem, 
deve-se prosseguir fingindo a dor. 
Afinal, quem hoje se preocupará em com um olhar visceral a outrem?

"Bobagem! Tem coisas mais importantes! A vida anda depressa. 
Então deixe de besteira e preocupe-se com lucros... 
Com festas, com o melhor jeito de se viver e aproveitar a vida. 
Não se prenda aos sentimentos... são dramas! 
Não queira a sensibilidade... é futil! Melodrama inútil!
Tem coisas mais importantes para se preocupar, não?
Não prenda seu olhar em outros, porque isso pode ser atraso de vida.
Não se apegue, não chore, não sonhe.
Não ame alguém, 
não queira completar-se com alguma pessoa 
porque isso pode cansar, pode te prender e impedir de viver.
Preocupe-se em aproveitar ao máximo a vida do seu jeito, 
porque ela passa rápido.
Preocupe-se com roupas e com  penteados ousados.
Preocupe-se com o luxo, com a riqueza.
Um drink, olhar que se atira para todos os lados,
boca, nuca, mão e segredo, silêncio...
Aproveite!
Quem quer se comprometer se pode escolher, variar?
Preocupe-se com as grandes coisas,
esqueça-se de sentir, 
esqueça-se dos detalhes.
Preocupe-se em não se preocupar. 
E assim feliz (??) à sua forma serás..."
E os sonhos? Abstratos! Nunca se realizarão e se perderão dentro de si. 
E quem se importa?

...e tornar-se-a avaro frente às moções do tempo, 
impregnado da avareza de sentimentos.
E inamovível permanecerá enquanto julga crescer demasiadamente.
Fechado em si, seguro pra você, sem sonhar, sem amar, sem se entregar
sem ser em plenitude amor...
Afinal, o que realmente importa nessa vida?

 
O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons. Martin Luther King

WL.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Estória de uma dor infinda II ..

       Prendia-se no quarto e se recusava a comer. Não queria mais saber das flores. Não desejava ver o sol nascer. Sentia dor ao pensar quantos males lhe faria aquela dor e solidão. Não sabia em que ponto de sua vida perdera o controle e domínio de si. Não sabia em que ocasião alienara suas forças à alguém que não se importava consigo. Queria sorrir e se esforçava para olhar com ternura através da janela de seu quarto, tentando sonhar mais uma vez ao contemplar as estrelas que brilhavam sobre sua cabeça. Mas involuntariamente mergulhava na escuridão do céu e se submergia na vastidão de seu ser. Se o amor era algo bom porque a deixara daquela forma?
       Dormia pensando naquilo e quando acordava se via impulsionada a arriscar. Acreditava que era possível, após sonhar com um beijo louco... Queria ter de novo o que foi seu um dia e acreditava que podia. Mas em seguida começava a se martirizar por insistir naquela história. Por que era tão inocente? Por que não mudava o rumo de seu pensar e controlava os desejos de seu coração? Estava detestando a situação de ser completamente passional e não distinguia em que momento perdera o controle das rédeas de sua vida.
       "-Foi culpa daquele olhar..." - pensava, deitada em sua cama. E ao lembrar do olhar que lhe causava dor, pensava na possibilidade de tê-los. A dor então sumia por um instante e seu coração se abria, fazendo-na se trair e cair em contradição novamente.
      "-Culpa toda daquele olhar que me hipnotizou e me deixou. E quer saber?" -dizia enquanto abraçava sua almofada e se sentava na cama- "É inexplicavelmente boa essa nova experiência que desperta poesia em mim. É necessário,  apesar de doer, morrer de amor e ainda assim continuar a viver." - pensava e ria de si por ser constantemente inconstante.

         Ela julgava amar. O que não sabia era que por vezes não há amor e sim obsessão ou compulsivo desejo de não estar sozinho. Às vezes ama-se mais a ideia de ter alguém ao seu lado do que a própria pessoa. Ela desconhecia, em sua dor e loucura infinda, que o amor verdadeiro não aprisiona, não enjaula, não provoca angústia e dor insuportável. O amor autêntico desperta vida sincera e te dá a liberdade. E focada em sua concepção limitada, desconhecia a magia da incrível sensação de ser amada. Pois a autenticidade da virtude somente se completa quando acontece o encaixe do sentimento nobre, vivendo assim na reciprocidade, na liberdade de ser intensidade mútua e destemida.
         Um dia quem sabe perceberia isso, vivendo, enfrentando grandes desafios e decepções. E aquela dor que sentia agora, seria um sinal de que cresceu vida sensivelmente insana, mas experiente e forte dentro de si. Mas agora, digo-lhe que ela podia ao menos se alegrar porque era capaz de sonhar e sobretudo, amar. E torço para que não se perca em suas experiências, e desgaste sua essência iluminada com fatos insossos e insensíveis.


WLucas.